Aldeia de Padrão em Sistelo, uma aldeia, uma paisagem e um legado cultural - Portugal

Aldeia de Padrão em Sistelo, uma aldeia, uma paisagem e um legado cultural - Portugal

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Aldeia de Padrão em Sistelo, uma aldeia, uma paisagem e um legado cultural - Portugal
A aldeia de Padrão é uma aldeia portuguesa, pertencente á freguesia de Sistelo, do município de Arcos de Valdevez, implantada numa encosta íngreme de um vale profundo, localizada na Serra da Penêda, foi promulgado em concelho de ministros, com classificação de Paisagem Cultural, vencedora como uma das 7 Maravilhas de Portugal. Normalmente quando falamos nos socalcos de Sistelo e de suas paisagens, não falamos de suas belíssimas pequenas aldeias, que pontilham esta serra da Penêda e que fazem parte integrante deste património cultural e paisagístico. Quando visitei para contemplar esta paisagem fascinante, não resisti a adentrar nesta aldeia de Padrão para conhecer pessoalmente. Nesta pequena aldeia á semelhança de outras, se fixou em tempos, uma pequena comunidade rural, que se foi desenvolvendo ao longo de vários séculos, perfeitamente adaptada ao território de montanha. Na base da economia local está a atividade agro-pastoril, que foi tirando partido do diversificado território geográfico desta região bastante acidentada e montanhosa. A agricultura de subsistência é feita através das variadas espécies de culturas, plantadas ao longo destes socalcos, onde se produz o milho regional, feijão, batata, forragens e pastagens para alimentação dos animais. O gado constitui um das principais fontes de rendimento, nomeadamente as raças autóctones Barrosã e Cachena. O que caracteriza esta pequena aldeia, e sua grande beleza paisagística de elevado valor cultural, são os socalcos, mais conhecidos como os socalcos de Sistelo, que foram sendo construídos ao longo de várias centenas de anos, forçosamente pela necessidade de aumentar a superfície agrícola e de contrariar os declives. São plataformas mais ou menos planas de solo profundo e fértil, construídas nas vertentes das montanhas, sobrepostas umas às outras em forma de escadaria e suportadas por grandiosos muros de pedra. Estas estruturas permitiriam o desenvolvimento de uma agricultura de subsistência de extrema importância para a sobrevivência das comunidades rurais. Associados a estas plataformas, construíram-se canais destinados ao regadio das plantações, transportando a água dos pontos mais elevados das montanhas, poços e cursos de água, para os campos. Estes canais, em alguns casos se estendem por dezenas de quilómetros, fundamentais para a subsistência das culturas nos meses de verão e de maior escassez de água. Por norma estes canais eram quase sempre de caráter comunitário, servindo a população em geral, assim como outras construções da mesma forma; como o forno de lanha, onde era cozido o pão, assim como o tanque comunitário onde geralmente as mulheres lavavam a roupa. O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa promulgou, em 28 de dezembro de 2017, a classificação como Monumento Nacional da Paisagem Cultural de Sistelo, que recentemente alguns já apelidaram de o "Pequeno Tibete Português". A classificação foi aprovada em Conselho de Ministros de 7 de dezembro de 2017 que fixou “restrições para a proteção e salvaguarda da aldeia de Sistelo e sua paisagem envolvente”. Esta foi a primeira paisagem do país a ser classificada como Monumento Nacional, título atribuído até então apenas ao património edificado.